sábado, 26 de abril de 2008

Um dia de fúria na vida real


Teríamos nós, uma leve atração pelo mal?

O que leva tantos curiosos a parar para assistir uma briga entre duas pessoas que nunca viram e que podem terminar presenciando até uma cena de morte?

O que nos leva a insistir em parar para ver um acidente que acabou de acontecer, um prédio que desabou, a discussão alheia de um casal ou qualquer situação que normalmente não nos trará sentimentos positivos ou boas lembranças?

O que nos faz xingar uma pessoa no trânsito pelo simples fato dele ter buzinado, ter ligado luz alta a nossa frente, ou simplesmente perder o controle por coisas banais , apenas porque tivemos um dia dificil?

Ao mesmo tempo criticamos e julgamos pessoas que cometem estes pequenos comportamentos diariamente e logo julgamos a racionalidade e até a sanidade dessas pessoas.

Estamos nós perdendo a calma na agitada vida que levamos????

No filme Um dia de Fúria, Michael Douglas é Fosters, um homem esgotado pelo estresse da grande cidade, pelo trânsito caótico , mal educação das pessoas, pelo desemprego e pela miséria em um momento de fúria e descontrole, Fosters se transforma em um homem violento.

A estória do filme Um dia de fúria , acontece todos os dias a nossa volta. São pessoas cansadas da violência urbana, do trânsito caótico, dos conflitos familiares, do desemprego; pessoas que perderam seus valores e para elas as regras do mundo já não são aceitas, e toda esta irritação causará um grande estresse e consequências desastrosas em suas vidas.
Os sintomas podem variar de violência, dor de cabeça a dificuldade de concentração, fome excessiva , falta de apetite, insônia, desânimo e depressão são os mais comuns, e tudo isto pode acarretar a pior de todas , pode causar UM DIA DE FÚRIA.

A maldade humana tem estampado páginas dos jornais com os casos grotescos, como o da empresária de Goiana que torturava uma garotinha de 12 anos. Da garota que pulou do quarto andar de um prédio com medo da agressão do pai e recentemente o caso Isabella, cujo crime por sí só já é uma atrocidade , agravando-se ainda mais com a possibilidade de ter sido seu próprio pai e madrasta os autores do crime.

Seria estas situações fruto de um momento de descontrole psiquíco, ou realmente o mal imperando nestas pessoas?

Independente da resposta, pois não cabe a mim responder, acredito que o ser humano está passivo as maiores atrocidades que se pode imaginar. Historicamente isto vem acontecendo assim como as mais belas coisas que possamos imaginar, provavelmente em proprorções bem maiores.

O mal e o bem sempre caminharão lado a lado na humanidade. Pessoas se destacaram ao longo da histórias por seus comportamentos e atitudes: Ghandi, Madre Tereza de Calcutá, Chico Xavier, Betinho entre outros, que deram grandes contribuições a humanidade difundindo o bem. Opostos a eles, Hitler, Mussolini, Osama Bin Laden e muitos outras "personalidades" também se destacaram por seus atos violentos contra a humanidade. Em ambas as situações, todos normalmente acreditaram nos seus ideais e em seus benefícios, de acordo com seus pontos de vista.

Longe de ser um conhecedor do comportamento humano, estou convencido de que nossos valores são ferramentas fortíssimas para lidar com as dificuldades no dia a dia. Para superar o estresse, para nos permitir levar uma vida agradável em meio a tantas aberrações. Acreditar no bem, no amor e na capacidade humana em prover coisas boas para todos, será o caminho para que façamos deste mundo um lugar melhor para se viver e criar nossos filhos.

Que haja o bem e o mal. Mas que haja principalmente sabedoria para saber diferenciá-las, só assim evitaremos "Um dia de fúria" em nossas vidas!


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